Empaer utiliza pequizeiro para reflorestar áreas degradadas em Mato Grosso

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011


  Há dez anos, a pesquisadora da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), Lozenil Carvalho Frutuoso, e o biólogo João Bosco Pereira estudam o comportamento de cinco espécies frutíferas do cerrado: pequi, jatobá, cagaita, cumbaru e jenipapo utilizadas para reflorestamento de áreas degradadas, consumo animal e humano. A unidade demonstrativa foi implantada na Estância 13, localizada na estrada da Ponte de Ferro, em Cuiabá, do proprietário e presidente da Associação de Fruticultura do Estado, Duílio Maiolino Filho, numa área de um hectare.
  A análise dos experimentos tem sido feita desde o plantio, coleta dos frutos no campo e desenvolvimento da planta – altura, espessura do tronco, adubação, avaliação da produtividade e outros. A pesquisadora Lozenil, ressalta que neste período do ano estão colhendo os frutos do pequi que na língua indígena, significa “casca espinhosa”. Muito utilizado na culinária, o pequizeiro floresce durante os meses de agosto a dezembro. A pesquisadora informa que a maturação do fruto em Mato Grosso é tardia, começando em janeiro e encerrando em março.
  Altamente calórico e perfumado com gosto meio adocicado é usado como condimento, rico em vitamina A e C, sua polpa contém uma boa quantidade de óleo comestível. Uma árvore de pequi produz em média dois mil frutos por ano, e começa a produzir no quinto ano, após o plantio. Os experimentos na propriedade do produtor Maiolino já atingiram de 400 a 500 frutos por ano e a produção começou no quarto ano após o plantio. O biólogo Bosco explica que o pequi comercializado no Estado é todo coletado no chão, apresentando frutos maduros e prontos para o consumo.
Conforme Lozenil, as frutíferas nativas foram escolhidas para que pudessem acompanhar seu desenvolvimento, seja na produção de mudas ou de frutos. Ela esclarece que as mudas plantadas na Estância 13 foram produzidas no laboratório da Empaer. A pesquisa que utiliza espécies frutíferas para reflorestamento de áreas degradadas foi aprovada pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) com recursos do Programa de Desenvolvimento Agro-Ambiental (Prodeagro).

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